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    O SEU PAPEL NO MUNDO. SEUS DONS. SEUS DESAFIOS. SUA MISSÃO.

Baseado no I Ching, você faz uma pergunta, joga as moedas, e consulta o texto. Processo projetivo de tomada de decisões, visando superar desafios e melhorar a qualidade de vida.

61 CONFIANÇA

código: cacoco-cacoco-cacaco-cacaco-cacoco-cacoco
É hora de buscar uma sólida base de apoio para agir com confiança,
sem hesitação, sem conflito.

“Aquele que julga é como quem
cospe para o alto.” (05)
“Quem muito desconfia, acaba perseguido
pela própria sombra!”
“E, não sabendo que era impossível,
ele foi lá e fez.” (17)

AS OVELHAS
— Pode confiar em mim. Venha comigo e eu o ajudarei
a sair daqui! — disse o Mestre estendendo a mão ao
velho fazendeiro que fora acuado no celeiro pelos seus adversários,
camponeses sem terras, revoltados com sua miséria.
Estes atearam fogo nas instalações, exigindo a posse
daquela fazenda. O Mestre exigiu que o soltassem imediatamente:
— Por serem neste momento os mais numerosos, estão
com excesso de confiança e acham-se os donos da verdade.
Até se dão o direito de condenar e humilhar aquele
que julgam errado. Se acreditam no seu propósito, não se
imponham pela força ou pela ira. Aguardem, persistam
pacificamente, que os caminhos vão-se abrindo, as pessoas
vão-se convencendo, e logo se renderão. A justiça será
feita. Confiem!
E concluiu:
— As ovelhas seguem tranqüilas quando estão juntas
e guiadas pelo seu pastor. Assim também, quando somos
apoiados pelos outros, nos sentimos mais fortes. Entretanto
é fundamental que, por influência do grupo, não nos
percamos de nós mesmos. Do contrário, só somaremos aliados
ao nosso desatino.

Aquele que tem o espírito elevado é confiante,
pois sabe que não está sozinho nem abandonado,
e que suas ações seguem de perto a vontade
do Universo.

CONSIDERAÇÕES
- Em vez de dar as costas para as ameaças, e condenar-
se a ser perseguido, enfrente-as, chame-as para o confronto
e faça o melhor que puder. Assim se livrará da ansiedade
terrível que rouba suas energias.
- Para liderar os outros é preciso antes de tudo ganhar
a sua confiança, o que você consegue ao compartilhar e
servir.
- Ser confiante não é ser tolo, achando que as coisas
sempre vão acontecer exatamente como você espera. Não
é porque deu certo uma vez, que sempre ocorrerá o mesmo.
Cada vitória deve ser conquistada com o máximo de
empenho, como um novo desafio. Lembre-se que muitos já
fracassaram porque acharam que a vitória antecipadamente
já estava garantida.
- A confiança surge de um trabalho bem direcionado e
harmonioso com relação aos seus objetivos. Isto não ga-
rantirá os resultados. Não fique esperando que a sorte venha
fazer o que você deveria ter feito.
- A atitude de desconfiar demanda muito esforço para
proteger-se de todas as possíveis ameaças e traições que a
sua mente temerosa consegue criar. Então, até por uma
questão de economia de energia e saúde, confie mais! Se,
porventura, alguém o enganar, será apenas por uma vez,
e não lhe preocupará mais, pois já terá revelado a sua índole.
- Na ansiedade de chegar, muitos ganham excesso de
confiança, ignorando dificuldades, contando previamente
com resultados que depois se revelam falsos. Melhor caminhar
a passos curtos e seguros do que tropeçar num grande
salto.
- Desconfie de quem fala e não escuta, de quem se serve
antes dos convidados, de quem faz muitas juras e promessas,
de quem retira o que diz sem reconhecer o erro, de
quem ao encará-lo desvia o olhar.
- Se você quer cultivar a confiança, demonstre real interesse
pelos outros e seja sincero.

O BUMERANGUE
Um atleta distraía-se jogando um bumerangue pelos
ares, procurando fazer com que o objeto desse uma volta
completa e retornasse exatamente para a sua mão. No início
tinha sido muito difícil, para ele entender a relação harmoniosa
entre a força e a posição aplicadas no brinquedo e
a direção e força do vento. Conseqüentemente o
bumerangue caía sempre muito distante. Mas, enfim, depois
de muito treino, ele alcançou um domínio,
direcionando com segurança os seus movimentos.
Certa vez, enquanto fazia uma pausa no seu treino
no parque, uma menina de aspecto inocente, que ele jamais
havia visto, pediu-lhe emprestado o bumerangue, só
por alguns minutos. Ocorreu-lhe, ligeiramente, que talvez
ela pudesse querer enganá-lo e ficar com o brinquedo. Mas
preferiu confiar.
O rosto da menina iluminou-se. Ela saiu pulando, jogando
o brinquedo de um lado para o outro. E foi se afastando.
Dobrou uma esquina. Os minutos passaram-se... E
nunca mais foi vista pelo jovem atleta.
Ele ficou por um certo tempo pensativo sobre o que
acabara de acontecer, sentado num banco do parque. Então,
parecendo ter concluído algo, esboçou um sorriso, levantou-
se e foi embora, enquanto falava baixo consigo
mesmo:
— Como quando aprendia a jogar o bumerangue, eu
lancei um voto de confiança que não me retornou. Mas vou
continuar tentando!

— Melhor correr o risco de perder um bem material do
que perder a capacidade de confiar nas pessoas.

* Do fogo espera-se que queime, da água, que molhe.
Seja óbvio, simples e verdadeiro, e então ganhará a confiança
de todos que o cercam.
 
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